UM DESEJO ARDENTE

UM DESEJO ARDENTE

sábado, 30 de março de 2024

ORAÇÕES IMPEDIDAS E NÃO OUVIDAS. PODE ACONTECER?

ORAÇÕES IMPEDIDAS E NÃO OUVIDAS Podem orações serem impedidas? Seria realmente a oração uma "arma" infalível? No mundo que se denomina "evangélico" creem que sim. Predominam entre nós chavões como: "eu creio no poder da oração", ou "eu creio no poder dos joelhos que se dobram em oração", ou "eu não aceito o mal", ou ainda, "eu exijo que o mal seja extirpado". Como ficam, então, os textos das Escrituras que demonstram que há orações que não são ouvidas? O apóstolo Pedro fala de impedimento de orações (1Pd 3.7). O profeta Jeremias transmite a palavra de Deus que diz a ele: "Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te ouvirei." (Jr 7.16). Diz, também: "Eis que trarei mal sobre eles, de que não poderão escapar, e clamarão a mim; e eu não os ouvirei." (Jr 11.11). O próprio Deus expõe o motivo de não ouvir, de as orações serem impedidas, de se tornarem uma importunação para Ele. Diz, ainda através do profeta Jeremias: "Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por eles clamor nem oração; porque não ouvirei no tem em que eles clamarem a mim, por causa do seu mal." (Jr 11.14) Sim, o mal impede as orações. Não adianta clamar, não adianta ajoelhar, não adianta exigir de Deus, se houver prática do mal e se o mal estiver presente na vida de quem ora, ou por quem se faz orações. Mesmo que sejam as orações com grandes gritos (Ez 8.18). Que mal poderíamos citar mesmo naqueles que parecem ter uma vida perfeita, piedosa? 1. O mal do desvio da fé. Quando uma pessoa diz que crê no poder da oração está depositando a sua confiança no ato de orar e deixando de crer naquele que ouve a oração. O poder não é da oração, porém o poder é de Deus, que ouve e tem poder para atender conforme a vontade dEle. Não foi assim que o Filho de Deus nos ensinou, "Seja feita a tua vontade"? (Mt 6:10) Quando alguém afirma que crê no poder dos joelhos dobrados, está depositando em que a sua fé? Nos joelhos ou em Deus? 2. O mal da soberba. Quando uma pessoa ora exigindo de Deus, ou declarando que algo vai acontecer, está sendo soberbo. Está se colocando acima de Deus; está fazendo dEle o seu servo. Mas Deus resiste ao soberbo. Em 1Pd 5.5 lemos: "revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." E em 1Jo 2.16 lemos que a soberba da vida não é do Pai, mas do mundo. 3. O mal do padrão do mundo. As orações repetitivas seguem um padrão do mundo, das religiões de idolatria, feitiçaria ou filosofias. Jesus foi muito claro quando disse: "não useis de inúteis repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos." (Mt 6.7) 4. O mal do exibicionismo. Há pessoas que gostam de orar em público, em declarar que estão orando, que gostam de ser o centro das atenções e se utilizam das orações para isto. Mas, novamente lemos de Jesus ensinando: "E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão." (Mt 6.5) Concluímos que nem todas as orações são ouvidas e que há orações que são impedidas porque trazem em si algum tipo de mal que formam verdadeiras barreiras diante de Deus.

terça-feira, 31 de março de 2020

Quem irá para o inferno?

Pergunta: "Quem irá para o inferno?" Resposta: O inferno tem se tornado um assunto controverso nos últimos anos, mesmo entre os cristãos. No entanto, a controvérsia é inteiramente feita pelo homem. A rejeição da realidade do inferno deriva de uma incapacidade humana de reconciliar o amor de Deus com o castigo eterno ou de uma rejeição direta da Palavra de Deus. Até mesmo alguns cristãos professos têm chegado a conclusões não-bíblicas. Alguns têm tentado redefinir o inferno, criar um estado intermediário não encontrado nas Escrituras ou negar o inferno completamente. Ao fazer isso, estão ignorando a advertência de Jesus em Apocalipse 22:19: “e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.” O inferno é mencionado 167 vezes na Bíblia, às vezes chamado de Geena, Hades, abismo ou de tormento eterno (Provérbios 7:27, Lucas 8:31, 10:15, 2 Tessalonicenses 1:9). Jesus falou do céu e do inferno como lugares reais (Mateus 13:41–42; 23:33; Marcos 9:43–47; Lucas 12:5). A história que Jesus contou sobre o homem rico e Lázaro foi um evento real que demonstrou a realidade dos dois destinos eternos (Lucas 16:19–31). O céu é a morada de Deus (2 Crônicas 30:27), onde Jesus foi para “preparar um lugar” para aqueles que O amam (João 14:2). O inferno foi criado para “o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41). Entretanto, como todo ser humano é pecador, toda pessoa já foi condenada ao inferno (Romanos 3:10; 5:12; João 3:18). Todos merecemos o inferno como a justa punição por nossa rebelião contra Deus (Romanos 6:23). Jesus foi claro que "se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3). Ele também deixou claro que o inferno é um castigo eterno para aqueles que não obedecem a Ele (Mateus 25:46). 2 Tessalonicenses 1:8–9 diz que, no final, Deus tomará “vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder.” João Batista disse sobre Jesus: “A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível” (Mateus 3:12). João 3:18 explica de forma bem simples quem irá para o céu e quem irá para o inferno: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” Sendo assim, aqueles que irão para o inferno são especificamente aqueles que não creem no nome de Jesus. Acreditar vai além do reconhecimento mental da verdade. Acreditar em Cristo para obter salvação requer uma transferência de lealdade. Paramos de adorar a nós mesmos, abandonamos nossos pecados e começamos a adorar a Deus com nosso coração, alma, mente e força (Mateus 22:36–37; Marcos 12:30). Deus deseja que toda pessoa passe a eternidade com Ele (Mateus 18:14; 2 Pedro 3:9), mas Ele honra o nosso livre-arbítrio (João 4:14). Qualquer um que assim deseje pode ir para o céu (João 1:12). Jesus já pagou o preço pela nossa salvação, mas devemos aceitar esse dom e transferir a propriedade de nossas vidas para Ele (Lucas 9:23). O céu é perfeito, e Deus não pode levar para lá ninguém que insista em manter o seu pecado. Devemos permitir que Ele nos purifique de nossos pecados e nos faça justos aos Seus olhos (2 Coríntios 5:21). João 1:10–12 nos mostra o problema e a solução: “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.” Podemos escolher confiar no pagamento de Jesus pelo nosso pecado, ou podemos optar por pagar pelos nossos próprios pecados - mas devemos nos lembrar que o pagamento pelo nosso pecado é a eternidade no inferno. C. S. Lewis disse assim: “No final, há apenas dois tipos de pessoas: aqueles que dizem a Deus: 'seja feita a tua vontade', e aqueles a quem Deus diz no final: 'seja feita a tua vontade'”.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

QUAL A MELHOR DEFINIÇÃO PARA O ATEÍSMO?

Antes de podermos discutir o ateísmo, precisamos defini-lo. De acordo com um site oficial de ateísmo, os ateus se definem desta forma: "O ateísmo não é uma descrença nos deuses ou uma negação de deuses; é uma falta de crença nos deuses". Aqueles que se identificam como ateus preferem enfatizar sua falta de crença e não a recusa de acreditar. Eles consideram o ateísmo como intelectualmente superior à fé em Deus. No entanto, esta definição discorda da cosmovisão bíblica, que afirma: "Diz o insensato no seu coração: Não há Deus…" (Salmo 14:1; 53:1). Como os ateus podem concordar com pessoas de fé que todo ser humano tem a liberdade de escolher o que pensa ou em que acredita, definiremos o ateísmo aqui como a escolha de não acreditar em qualquer tipo de Ser Supremo ao qual a humanidade tem que prestar contas. As estatísticas mostram que o ateísmo está em ascensão em países que historicamente tiveram uma forte influência cristã. Essas estatísticas incluem as pessoas criadas em casas irreligiosas, mas também mostram um aumento alarmante entre aqueles que chegaram a adotar alguma forma de fé religiosa. Quando ouvimos falar de uma figura proeminente no Cristianismo renunciando à fé que antes costumava reivindicar, nos perguntamos: "Por quê?" Por que tantas pessoas deixaram de acreditar em Deus quando a obra dEle está em todos os lugares (Salmo 19:1; 97:6; Romanos 1:20)?" Toda cultura na Terra reconhece alguma forma de deidade, então por que tantas pessoas afirmam que não acreditam em nenhum deus? Há várias razões pelas quais as pessoas podem se definir como ateias. A primeira é a ignorância. Devido à falta de informações corretas, uma pessoa pode concluir que nada existe além desse universo e da experiência do homem. Já que ainda tem muita coisa que não sabemos, a ignorância muitas vezes inventa ideias para preencher os espaços em branco. Isso geralmente resulta em falsas religiões ou no ateísmo. A informação incompleta sobre Deus é muitas vezes manchada pela mitologia ou superstição religiosa na medida em que algo sobrenatural soa como um conto de fadas. Expostas a uma mistura de reivindicações confusas, algumas pessoas decidem que não há nenhuma verdade e descartam toda religiosidade. A desilusão é um outro motivo pelo qual algumas pessoas se tornam ateias. Devido a experiências negativas, como uma oração sem resposta ou comportamentos hipócritas em outros, uma pessoa pode concluir que Deus não existe. Esta resposta é muitas vezes alimentada pela raiva ou ferida. Essas pessoas argumentam que, se Deus existisse, Ele se comportaria de maneiras que pudessem entender ou concordar. Como não respondeu do jeito que queriam, concluem então que Ele não deve existir. Elas podem tropeçar sobre conceitos complicados como o inferno, o genocídio do Antigo Testamento ou a eternidade, e concluir que o Deus da Bíblia é muito confuso para ser real. A desilusão propicia as pessoas a encontrarem conforto no que é visto e conhecido, em vez de em uma divindade invisível. Para evitar a possibilidade de mais decepção, abandonam qualquer tentativa de fé e acham uma medida de conforto ao decidirem que Deus simplesmente não existe. Estreitamente ligados aos desiludidos são aqueles que se autodenominam "ateus" quando, de fato, são anti-Deus. O ateísmo é um rótulo por trás do qual alguns se escondem para ocultar um ódio profundo por Deus. Muitas vezes devido a trauma ou abuso infantil em nome da religião, essas pessoas são consumidas por uma antipatia em relação a todas as religiões. A única maneira de retaliar contra um deus que consideram cruel é negá-lo com veemência. Os acontecimentos do passado deixaram feridas tão profundas que é mais fácil negar a realidade de Deus do que admitir que o odeiam. Os ateus verdadeiros não incluiriam esse grupo em seus números, pois reconhecem que estar com raiva de Deus é reconhecer a Sua existência. Entretanto, muitas pessoas, de fato, se chamam ateias, ao mesmo tempo expressando indignação em relação a um deus cuja existência negam. Já outros rejeitam a ideia de Deus porque querem que Ele seja mais fácil de encontrar. Quando o famoso ateu Richard Dawkins escutou a seguinte pergunta: "O que você diria se enfrentasse Deus depois da morte?". Ele respondeu: "Eu diria: 'Por que você se esforçou tanto para se esconder?'" Algumas pessoas não gostam do fato de que Deus é Espírito, invisível e encontrado somente pela fé (Hebreus 11:6, Jeremias 29:13). Eles adotam a atitude de que o Criador do universo lhes deve evidência de Sua existência além do que já deu generosamente (Salmo 19:1; 102:25; Romanos 1:20). Jesus lidou com essa mentalidade quando andou pela terra. Em Marcos 8, Jesus tinha acabado de alimentar quatro mil pessoas com sete pães e alguns pequenos peixes, mas as elites intelectuais vieram a Ele exigindo que fizesse um sinal para "provar" que era o Messias (versículo 11). Jesus ilustrou essa dureza de coração em Sua parábola sobre o homem rico no inferno que ansiava avisar seus irmãos sobre o que os esperava após a morte (Lucas 16:19-31). Do céu, Abraão respondeu: "Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos" (Lucas 16:31). A explicação mais provável para o aumento contínuo do ateísmo não mudou desde o Jardim do Éden (Gênesis 3:6, Romanos 3:23). A própria essência de todo pecado é a autodeterminação. Ao negar a existência de um Criador, os ateus podem fazer o que quiserem sem se preocuparem com o julgamento futuro ou com consequências eternas (Mateus 12:36; Romanos 14:12; 1 Pedro 4:5; Hebreus 4:13). No século XXI, a auto-adoração tornou-se culturalmente aceitável. O ateísmo apela a uma geração criada na teoria evolutiva e no relativismo moral. João 3:19 diz: "... a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más." Se os seres humanos são autocriados, autodeterminados e egocêntricos, então não há lei moral ou legislador a quem devam se submeter. Não há absolutos e ninguém a quem devam prestar contas. Ao adotar essa mentalidade, os ateus podem se concentrar em buscar prazer nesta vida apenas. Enquanto os cientistas, professores e filósofos venderem seus pontos de vista ateístas como verdade e sabedoria, as pessoas continuarão a comprá-lo porque a ideia de autodeterminação apela a nossa natureza rebelde. A atitude não é novidade, mas a mudança das normas culturais torna-se mais abertamente aceitável. Romanos 1:18-31 detalha os resultados dessa rejeição da autoridade de Deus. O versículo 28 diz: "E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes." Nosso mundo está vendo os resultados dessa depravação. O que os ateus chamam de "iluminação", Deus chama de tolice. Romanos 1:22 diz: "Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos". Como o "temor do SENHOR é o princípio da sabedoria" (Salmos 111:10, Provérbios 1:7; 9:10), então a negação do Senhor (ateísmo) é o começo da tolice.

quarta-feira, 20 de março de 2019

A BIBLIA PROCURA NOS OFERECER PROVAS SIM

A Bíblia procura oferecer-nos provas racionais quanto à existencia de Deus. Ela já começa tomando a sua existência como pressuposição básica: "No princípio, Deus" (Gn 1.1) Deus existe! Ele é o ponto de partida. Por toda bíblia, há evidencias substanciais em favor de sua existência. Se de um lado"disseram os néscios no seu coração; Não há Deus" (Salmos 14.1) por outro lado; Os céus manifestam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos(Salmos 19.1) Deus se tornou conhecido mediante o seu ato de criar e de sustentar tudo que existe. Ele dá vida, alento, alimento, alegria. Essas ações são acompanhadas por palavras que interpretam o seu significado e relevância, fornecendo um registro que explica sua presença e propósito. Deus tambem revelou a nós mediante o seu Filho e por intermédio do Espirito Santo que em nós habita. Os que, entre nós, acreditam que Deus tenha se revelado nas escrituras, descrevem a Deidade única e verdadeira tendo como base sua auto-revelação. Vivemos todavia, num mundo que, via de regra, não aceita esse conceito da Bíblia como fonte primária de informação. E são muitas as pessoas que preferem confiar na engenhosidade e percepção humanas para lograrem alcançar uma descrição particular da Deidade. Para acompanharmos os passos do Apóstolo Paulo na obra de se conduzir a humanidade das trevas para a luz, precisamos ter consciencia das categorias gerais dessas percepções terrenas. E os homens que nao aceitam essa verdade, não encontram respostas em mais nada que existe, e eles tem procurado de geração após geração, e de tempo em tempo voltam ao principio de tudo sem uma resposta final, a não ser Deus.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O lugar mais importante na igreja

Sim, existe um lugar mais importante na igreja. É o local onde, em geral, se senta quem mais importância tem em um culto público. Não fica no ponto mais visível, não é a cadeira de espaldar mais alto da plataforma nem os bancos onde se sentam os músicos do louvor. Também não é a poltrona do tesoureiro, a sala do administrador ou o cômodo onde se reúne o conselho de presbíteros. O gabinete pastoral tampouco é o lugar mais importante em uma igreja, bem como o banco mais próximo do púlpito. Não é, também, o tanque batismal ou a mesa da Ceia. Bem, se não é nenhum desses lugares… qual é? Não há dúvidas de que Jesus é a pessoa mais importante em uma igreja, mas, como ele não habita mais aqui do que ali, sua onipresença o põe igualmente em todos os lugares do santuário ao mesmo tempo. Está tão presente na mesa da Ceia como naquele membro que come o pão e bebe o vinho. Ele está tanto no púlpito onde é ministrada a palavra quanto no meio do povo que a recebe. Pois a mesa da Ceia e o púlpito não têm razão de ser sem que haja quem ceie e quem ouça – logo, a importância do memorial está atrelada a quem se lembre da Cruz e a importância da proclamação está atrelada a quem a receba e viva por ela. Mas será que depois de Deus há uma segunda pessoa mais importante na igreja – e que ocupa, consequentemente, o lugar mais importante? Sim, há. Mateus 25.31-40 relata: “Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. Essa passagem deixa claro que Cristo associa sua imagem de modo íntimo à daqueles que mais precisam de socorro, amparo, auxílio, amor. Jesus associa Sua própria pessoa ao faminto e ao sedento (os desamparados), ao forasteiro (o que depende de orientações), ao nu (o que precisa desesperadamente de algo), ao enfermo (o aflito e fraco) e ao preso (o solitário e isolado). Em suma, infere-se que Jesus diz que sua presença se faz mais do que tudo naqueles que precisam de uma mão estendida, de socorro, de um ombro, de uma palavra de consolo e conforto. De amor. Minha experiência e a de qualquer irmão que tenha o cuidado de conversar com quem está no santuário antes de o culto começar mostra onde os tais costumam se sentar: no último banco. O último banco – aquele mais escondido, onde se pode chorar sem que ninguém perceba, onde o desesperado e o aflito costumam sentir-se mais seguros. É o cantinho da igreja onde quem costuma se ver como indigno geralmente se refugia. Portanto, para mim, o lugar mais importante na igreja é o último banco do santuário. A razão de ser da Igreja é glorificar Deus. E isso se faz, acima de tudo, cumprindo o maior mandamento, ou seja, amando ao Senhor sobre todas as coisas e… ao próximo como a si mesmo. Portanto, no âmbito do relacionamento com Deus, a melhor forma de glorificá-lo é devotando-lhe amor, e isso se faz por meio da obediência (“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama”, disse Jesus em João 14.21a). Já no âmbito do relacionamento com o próximo, a melhor forma de dar glória a Deus é doando-se pelo outro, cuidando de suas feridas – como Jesus deixa claro na parábola do bom samaritano, relatada justamente para explicar quem é nosso próximo. E na igreja quem mais precisa ter suas feridas cuidadas em geral se abriga no último banco. Logo, se você quer glorificar Deus amando o próximo como a si mesmo, aqui vai uma dica: sempre concentre suas atenções em quem está sentado no fundo. Ali deve estar o nosso foco. Do púlpito e da mesa da Ceia vêm o aprendizado e a proclamação. No último banco deve estar esse aprendizado sendo posto em prática. O Evangelho pregado de púlpito é a mensagem que desperta. O Evangelho praticado no último banco é a mensagem que despertou alguém. Por isso, deixo aqui a minha sugestão: quando você chegar à igreja antes de o culto começar não vá direto bater papo com seus amigos ou sentar-se no seu lugar para ficar sem fazer nada até o início da celebração. Em vez disso, dirija-se a quem está no último banco. Sente-se ao seu lado. Pergunte seu nome. Apresente-se e pergunte como ele está. Ouça sua resposta. Ore com ele. Aconselhe. Apresente-o ao seu pastor. Convide-o para a comunhão. Dê atenção. Dê afeto. Dê a ele o de beber, o de comer, vista-o. O mesmo procure fazer ao final do culto. Você vai reparar que, geralmente, pessoas ficam ainda por algum tempo sentadas no último banco após a bênção final e a despedida. Provavelmente porque anseiam desesperadamente por algo mais. Seja você esse algo mais. Leve afeto até elas. Visite-as no isolamento de seu banco. Reflita Cristo para elas. Ame-as. Sim, o último banco da igreja é seu lugar mais importante. Pois ali costumam estar as melhores oportunidades de praticar aquilo que é pregado no púlpito. Faça essa experiência. E você verá como é maravilhoso ocupar o lugar de maior honra que pode haver para um cristão dentro de uma igreja cristã: o lugar onde se estende a mão para o triste, o caído, o abatido, o pecador, o desesperado, o deprimido. Paz a todos vocês que estão em Cristo, Mauricio